sábado, 8 de novembro de 2008

que num to aqui porra nehuma
num to mas to
um vai e vem
pior que trepada mal dada
Aonde vou-me depois de escutar as palavras que escuto?
Que outro ser sou depois de escutar as palavras que escuto?
não me sinto só
pois, se sentisse
não estaria só
estaria comigo
estou sem nada
oco
vazio

espero apenas eu chegar
para assim
menos oco
estar só comigo mesmo
cade eu? repito
cade?
nao canso de me procurar
como e quando eu vou chegar?
uma vez eu cheguei de trem
mas faz tempo
a estação nem existe mais
cheguei e gostei do que vi
bem diferente do que era
e fui dançar
comigo
e foi bom

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Quero ser beleza
Nos atos
Nas palavras
Beleza de perfume
Que cheira
Como limpando os ares

Quero ser cheiro que chega
E fica
E constroi
E mais que tudo
Perfuma
Preso
Estou preso
Bomba
Sou uma bomba

Me tornei isto
Não sei quando irei explodir-me
Preso em mim
Pois eu nem se quer me sinto
Não sinto esta bomba

Mas sei que vou um dia
Estourar pelas ventas

Mas, espero estourar vento macio
Pois na explosão muito se pode fazer
Quero aproveitar cada espaço explosivo
De mim mesmo
Como aquele que se desvia de uma bala
Vendo-la cruzar seu caminho
Nada para dizer
Nada sai
Não saindo fico assim
Com muitas palavras
Para não dizer
O que não se tem para ser dito

Tudo tenho a dizer
Tudo sai
Ventania sem limite
Sopro sem ter onde pousar
E fico assim
Com a boca cheia
Não digo nada

domingo, 2 de novembro de 2008

vejo meus sorrisos
e pergunto por eles
entre os que vao e
os que veem
eles nao estao mais
mas sei la deles
sei la de todos eles
nem dentro aqui do peito
eles estao
nao os sinto aqui
nem em nada
nos gestos das maos
nos piscares do olhos
onde estao?
ja nem sorriem mais
meus sorrisos
estao sosinhos?
querem ajuda?
precisam de que?
respito
tenho medo
de nao terlos mais
de nem saber reconhecelos
quando eles um dia passarem
pela minha boca torta
hoje tive medo
medo medonho
medo de ser outro
e nesse outro nao verme em nada
e ter que conviverme com alguem
que nem sei que dira de mim
que nem sei
que nem sei o que será
de mim
na linha com pavor
o meu amor
na mesma noite
o gato pula a janela
seguro o gato
ou a linha?
mais um verso de mim
outro verso
um reverso
perverso
eu nao posso ter fim
findarme é nao serme em mais nada
é serme oco por dentro
é nao ter mais o que se ter
é tao visivelmente
nao se surpreender
mais
por nada mais

domingo, 26 de outubro de 2008

A agonia de ver-se imobilizado
Com a corda no pescoço
Com a alma sem som, sem salsa
Ainda tenho jeito?
Sou um verso
Sou um gesto
Sou um imenso mundo torto a ser refeito

Sou livre mesmo preso
Sou longe mesmo perto
Sou eu mesmo outro

Mas sou mesmo um ar que respiro
Dentro ainda que fora
Escrevo um texto, um poema, um roteiro
Escrevo correndo
Uma vez escutei sobre a lapidação
É o que faz alguns
Lapidam seus poemas, seus textos
Mas ando correndo
E na correira, melhor mesmo escrever sem ler
Na borracha do tempo
Prefiro a antiga verdade da eternidade
Sou tatuagem no verso
Nada se tira
Nada se põe, depois de pronto
Mas o tempo vem
E chega a hora de rever
E assim assassino o poema
Com a merda do pensamento.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

por que ahora tengo miedo?
miedo y miedo de tner miedo
pero miedo nada tiene que ver con nada
que miedo que nada
tengo fuerza para tener corage
corage para ser feliz
y despues
si dios quisiera
la paz
reverte nos es solomente verte en el espejo
es verte en el espejo y verte como es en la realidad del infinito
verte en su propia voz
la mano en su mano
y lo que escuchas adentra en sus oidos como agua en su boca
es depertase de sueno profundo y poco dulce.
soy alguien que tiene algo para decir
mi decir es mucho para mi

estaba yo a ver las cosas que un dia he hecho yo
dibujos, mensagenes y fotos
y yo pregunté quien soy yo
hasta donde puedo ir
hasta donde fue

quiero emocionarme con lo que hago yo
no que esto sea lo más importante
lo que pasa es que es bueno hacer lo que hizo yo
una liberdad, un simples sueno en un dibujo
esto soy yo
un dibujo hecho con alegria
o soy más que esto?

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

tentei sorrir
tentei dizer
tentei ser
o que sou
o que sorrio
o que digo

como um pincel sem cabelos
passei a mão na pele oca
do meu corpo
nao vi nada
nao vi nada
nao sei de nada

um oco cheio
assim era todo meu corpo
que nao me fazia escutar
que nao me fazia falar
que nao me fazia calar

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

sorrindo se vaia longe
mas sorrir
é rir com todo o corpo
nao digo entrar em gargalhada
mas mostrar com seu sorriso
que seu corpo tabém se alegra
que o corpo também está sorrindo
é isso
sorria corpo
a voce dedico este voo
pleno de amor

te pego pelas maos
e somos um grande arco iris
no céu do seu olhar

mirada de jabuticaba

ser seu
é voar no céu
do seu olhar
comendo jabuticaba

sou um anjo
que caiu do céu
do seu olhar

me trepei no seu pé
de jabuticaba
e me estrepei até
me acordar
longe do céu do
seu olhar

mas que voce
venha me buscar
e como uma lente de contato
me devolva
ao céu do seu olhar
O dia se acende
O mundo é um só
E eu me sinto nele
Corajoso em vivê-lo

Tem-se que ser forte
Ao viver o mundo
Este de preferência

Forte para ver o horizonte
Como ele tem que ser visto

Um céu mais céu
Uma cor mais cor
Uns amigos mais amigos

E aquela que cruza a rua
Seu corpo tem mais sabor

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Não sei que poesia escrever
nada sai
nada entra
nada flui em mim mesmo
tudo muito mudo
um grito sem palavras
sem dor
sem pavor
seco

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

quero saber qual será a minha vez
qual será a minha hora
de ir embora
de vez

nao surporto mais esta inquietação
esta falta de multidao
pois até mesmo nas ruas
ando sozinho
a andar dentro de mim
sem saber se me sigo
ou se me corro

nao me segura a mao
pois ja sei andar sozinho
me segure no colo
que para onde quero ir
enquanto minhas pernas
nao encontram o caminho
o meu caminho

sábado, 2 de agosto de 2008

ao trilho

escuto-me
como alguem que tenta escutar
colocando os ouvindos no trilho

o trem que vai passar
tao distante de si
mas conectado
a mim
ao trilho

quarta-feira, 2 de julho de 2008

E nos seus braços me pus de novo
e de novo na noite em ti, meu amor

Na janela que há nos seus olhos
vejo a luz da manhã
que entardece a janela dos olhos
do seu quarto
no riso do improviso
eu beijo de sumiço
e faço rebuliço

segunda-feira, 30 de junho de 2008

confiar na vida
é como comer de olhso fechados
aquilo que nos oferencem
"amar o que vem à praia"
já dizia
ser o que já se é
tao verde como o nascer de uma folha.

domingo, 27 de abril de 2008

Poesia-me
Encanta-me
Com seu ama-me

Nao me deixe pela metade
Como que caminhando
Só com as pernas
Não pudesse ver(me)
O que com o que me falta
Talvez um pouco dos olhos
Talvez um pouco das maos
Talvez sem comer com a boca

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Não se esquecer do riso que sem tem
E lembrar de renaSer no riso que se tem
É um pouco querer respeitar-se
Querer ponerse vivo
ReVivenciarse
O bicho do meu riso
Se estende além do seu risco
E se estende do inciso
Por conta propria e sem risco

Pois ele é para ele
Uma visão de felicidade
Ele é nele mesmo
Um querer de ser
O que nele se é
Mesmo não querendo

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Se de repente
Não me reconheço no meu riso
De tão ausente
Me afasto pra chorar de mim
No meu presente
Finjo não existir e sumo sem risco

Sem riso
Sem mim
Sem risco

Mas sei que passa
Dói
Mas passa.

terça-feira, 25 de março de 2008

quando sentei aqui
desejei sentir-me
para que assim
pudesse saber
onde errei em mim
e errando em mim
onde errei para o mundo

segunda-feira, 10 de março de 2008

De improriso

do improviso
se fez um riso
no meio do riso
de improviso
um sumiço

sem susto
sem risco
nao minto

em mim apareço
e é o que desejo
em mim sem preço
um novo recomeço